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Tema de vida: “Saúde” Efeitos do Tabaco na Gravidez  Alexandrina Lopes
O Tabaco e a Fecundidade  O tabaco tem uma influência directa sobre a fertilidade.  As mulheres fumadoras, incluindo as expostas ao fumo passivo, necessitam mais de 1 ano para engravidar (mais de 54% que as não fumadoras).  A FSH (harmónio estimulante folicular) estimula o amadurecimento do Folículo de Graaf do ovário e a secreção de estrogénios, aumenta em mais 66% nas fumadoras e 39% nas fumadoras passivas relativamente às não fumadoras.  Os ciclos menstruais são inferiores a 28 dias. A produção de heterogéneos diminuem.
Alguns dos constituintes químicos do tabaco interferem com a divisão das células germinativas (efeito encontrado também a nível dos espermatozóides).  Fumar está associado a um maior risco de aborto espontâneo.  Talvez por um efeito sobre o aumento das vaginoses, verifica-se um aumento dos abortos tardios e de parto prematuro.
Estudo epidemiológico da Dra. Ana Aroso, ginecologista e obstetra, identificou que o consumo de tabaco durante a gravidez causa a diminuição da produção de espermatozóides em filhos de mulheres fumadoras. Fumar tem efeitos directos sobre a reactividade da frequência cardíaca fetal. Este efeito tem de ser tido em conta na interpretação do registo cardio-tocográfico da vigilância do bem estar fetal ante natal.
O TABACO E A GRAVIDEZ São conhecidos mais de 4000 químicos na composição do tabaco.  Os mais prejudiciais são a nicotina, o monóxido de carbono (CO) e o cianeto de hidrogénio. A nicotina causa vasoconstrição com diminuição da circulação placentar contribuindo para a hipoxia (Deficiência de oxigénio nos tecidos) fetal.
A afinidade da hemoglobina é 200 vezes maior para o monóxido de carbono que para o oxigénio, reduzindo a libertação de oxigénio nos tecidos maternos e fetais.  Estes efeitos implicam o atraso do crescimento intra-uterino dos fetos das mães fumadoras.  Alguns carcinogéneos do tabaco atravessam a placenta tendo uma acção sobre o desenvolvimento fetal, independentemente do número de cigarros fumados.
TRATAMENTO NASGRÁVIDAS FUMADORAS Aconselhar as grávidas a deixar de fumar, se for necessário ajudar com a prescrição de Bupropiona.  Se for impossível a suspensão do uso do tabaco por causa do síndrome de abstinência é preferível usar pastilhas ou adesivos de nicotina. É indicado marcar consultas com frequência para monitorizar a suspensão do tabaco e verificar o apoio imprescindível da família e amigos.
FUMAR DURANTE A GRAVIDEZ Filhos de mães que fumaram 20 ou mais cigarros durante a gravidez têm maior tendência para a dependência da nicotina ao longo da vida do que os filhos de mães que não fumaram durante a gravidez. Fumar afecta a função fertilizante das mulheres e diminui as suas possibilidades de engravidar. Ter em atenção, pois cada vez mais mulheres desejam ter filhos depois dos 35 anos de idade.
CAPACIDADE REPRODUTIVA DA MULHER As mulheres que fumam têm uma menopausa precoce.  Esta ocorre, em média, por volta dos 47 anos nas fumadoras e depois dos 49 nas não fumadoras.  As fumadoras têm problemas uterinos mais frequentes do que as não fumadoras.
EFEITOS DO TABACO NO FETO  Diminuição do oxigénio entregue ao feto. Pois o oxigénio que deveria passar da mãe para o filho, perde lugar para o monóxido de carbono que está no fumo do cigarro, e essa falta de oxigénio prejudica o desenvolvimento do feto.
A placenta fica prejudicada pelas substâncias do fumo e o sangue que chega ao feto é também menor, pois o cigarro aumenta a liberação de catecolaminas que tem efeitos de diminuir o fluxo de sangue que chega ao bebé.  Assim, falham alguns nutrientes que o bebé necessita para se desenvolver.
Alguns estudos mostraram que o cigarro liberta substâncias tóxicas ao cérebro do feto, o que pode trazer lesão motoras e de aprendizagem.  Um único cigarro, é capaz de acelerar os batimentos cardíacos do feto, devido aos seus efeitos no aparelho cardiovascular do bebé.  Imagine os efeitos de vários cigarros durante a gravidez. 
Esta informação foi retirada e tratada por Alexandrina

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  • 2. O Tabaco e a Fecundidade O tabaco tem uma influência directa sobre a fertilidade. As mulheres fumadoras, incluindo as expostas ao fumo passivo, necessitam mais de 1 ano para engravidar (mais de 54% que as não fumadoras). A FSH (harmónio estimulante folicular) estimula o amadurecimento do Folículo de Graaf do ovário e a secreção de estrogénios, aumenta em mais 66% nas fumadoras e 39% nas fumadoras passivas relativamente às não fumadoras. Os ciclos menstruais são inferiores a 28 dias. A produção de heterogéneos diminuem.
  • 3. Alguns dos constituintes químicos do tabaco interferem com a divisão das células germinativas (efeito encontrado também a nível dos espermatozóides). Fumar está associado a um maior risco de aborto espontâneo. Talvez por um efeito sobre o aumento das vaginoses, verifica-se um aumento dos abortos tardios e de parto prematuro.
  • 4. Estudo epidemiológico da Dra. Ana Aroso, ginecologista e obstetra, identificou que o consumo de tabaco durante a gravidez causa a diminuição da produção de espermatozóides em filhos de mulheres fumadoras. Fumar tem efeitos directos sobre a reactividade da frequência cardíaca fetal. Este efeito tem de ser tido em conta na interpretação do registo cardio-tocográfico da vigilância do bem estar fetal ante natal.
  • 5. O TABACO E A GRAVIDEZ São conhecidos mais de 4000 químicos na composição do tabaco. Os mais prejudiciais são a nicotina, o monóxido de carbono (CO) e o cianeto de hidrogénio. A nicotina causa vasoconstrição com diminuição da circulação placentar contribuindo para a hipoxia (Deficiência de oxigénio nos tecidos) fetal.
  • 6. A afinidade da hemoglobina é 200 vezes maior para o monóxido de carbono que para o oxigénio, reduzindo a libertação de oxigénio nos tecidos maternos e fetais. Estes efeitos implicam o atraso do crescimento intra-uterino dos fetos das mães fumadoras. Alguns carcinogéneos do tabaco atravessam a placenta tendo uma acção sobre o desenvolvimento fetal, independentemente do número de cigarros fumados.
  • 7. TRATAMENTO NASGRÁVIDAS FUMADORAS Aconselhar as grávidas a deixar de fumar, se for necessário ajudar com a prescrição de Bupropiona. Se for impossível a suspensão do uso do tabaco por causa do síndrome de abstinência é preferível usar pastilhas ou adesivos de nicotina. É indicado marcar consultas com frequência para monitorizar a suspensão do tabaco e verificar o apoio imprescindível da família e amigos.
  • 8. FUMAR DURANTE A GRAVIDEZ Filhos de mães que fumaram 20 ou mais cigarros durante a gravidez têm maior tendência para a dependência da nicotina ao longo da vida do que os filhos de mães que não fumaram durante a gravidez. Fumar afecta a função fertilizante das mulheres e diminui as suas possibilidades de engravidar. Ter em atenção, pois cada vez mais mulheres desejam ter filhos depois dos 35 anos de idade.
  • 9. CAPACIDADE REPRODUTIVA DA MULHER As mulheres que fumam têm uma menopausa precoce. Esta ocorre, em média, por volta dos 47 anos nas fumadoras e depois dos 49 nas não fumadoras. As fumadoras têm problemas uterinos mais frequentes do que as não fumadoras.
  • 10. EFEITOS DO TABACO NO FETO Diminuição do oxigénio entregue ao feto. Pois o oxigénio que deveria passar da mãe para o filho, perde lugar para o monóxido de carbono que está no fumo do cigarro, e essa falta de oxigénio prejudica o desenvolvimento do feto.
  • 11. A placenta fica prejudicada pelas substâncias do fumo e o sangue que chega ao feto é também menor, pois o cigarro aumenta a liberação de catecolaminas que tem efeitos de diminuir o fluxo de sangue que chega ao bebé. Assim, falham alguns nutrientes que o bebé necessita para se desenvolver.
  • 12. Alguns estudos mostraram que o cigarro liberta substâncias tóxicas ao cérebro do feto, o que pode trazer lesão motoras e de aprendizagem.  Um único cigarro, é capaz de acelerar os batimentos cardíacos do feto, devido aos seus efeitos no aparelho cardiovascular do bebé. Imagine os efeitos de vários cigarros durante a gravidez. 
  • 13. Esta informação foi retirada e tratada por Alexandrina